Panteão Egípcio
A primeira coisa que temos que conhecer quando nos iniciarmos nossos estudos nas artes da Antiga Religião, são os Deuses, pois não podemos servir a um Deus ou Deusa sem saber suas origens, seus feitos e o significado para nós. Digamos que esse é o primeiro passo para a arte oculta, o conhecimento. Temos vários panteões para conhecermos, a melhor forma é conhecer todos e ai sim escolher qual panteão mais te chamou a atenção, qual tem mais a ver com suas raízes e ancestrais. Nesse mês de julho a setembro, iremos estudar o panteão egípcio. Vamos lá, sem preguiça, não há limites para o SABER!
O panteão egípcio consistia das diversas divindades veneradas pelos antigos egípcios. Diversas das principais divindades eram descritas como criadores do universo; entre elas estão Atum, Rá, Amon e Ptah, entre outros, bem como formas compostas destes deuses, tais como Amon-Rá. Isto não era visto pelos egípcios como algo contraditório. O desenvolvimento da religião egípcia durante o Império Novo fez com que alguns egiptólogos mais antigos, como o inglês E. A. Wallis Budge, especulassem que os egípcios seriam, na realidade, monoteístas. Outros, como o também inglês Sir Flinders Petrie, consideravam-nos politeístas. Para o egiptólogo letão Erik Hornung1 o melhor termo para descrever à religião dos egípcios seria 'henoteísmo', termo que descreve 'o culto de um deus por vez, porém não de um deus único.'
O termo egípcio para "deusa" era neṯeret (nṯrt; também transliterado netjeret, nečeret) e o termo para deus era neṯer (nṯr; também netjer, nečer). O hieróglifo correspondente representa uma vara ou bastão envolto em tecido, com uma das pontas do tecido mostrada em seu topo. A utilização deste sinal estava associada aos mastros de bandeiras colocados nas torres situadas à entrada dos templos egípcios. Entre os hieróglifos alternativos usados para designar as divindades estavam uma estrela, uma figura humama agachada ou um falcão sobre um poleiro.
Rá O Deus Sol
Rá ou Ré, é o deus do Sol do Antigo Egito. No período da Quinta Dinastia se tornou uma das principais divindades da religião egípcia, identificado primordialmente com o sol do meio-dia.3 O principal centro de seu culto era a cidade de Heliópolis (chamada de Inun, "Local dos Pilares", em egípcio),4 onde era identificado com o deus solar local, Atum.5 Através de Atum, ou como Atum-Ra, também era visto como o primeiro ser, responsável pela egipicia Enéade, que consistia de Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Nos textos das pirâmides, Rá e Hórus são claramente distintos (por exemplo, Hórus remove para o sul do céu o trono de Rá)6 , mas em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus, formando Re-Horakhty ("Rá, que é o Hórus dos Dois Horizontes"), e acreditava-se que era soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.)4 É associado com o falcão ou o gavião. No Império Novo o deus Amon se tornou proeminente, após fundir-se com Rá e formar Amon-Rá.
Durante o Período de Amarna, Aquenáton reprimiu o culto de Rá em favor de outra divindade solar, Aton, o disco solar deificado, porém com a sua morte o culto de Rá foi restaurado.
O culto do touro Mnévis, uma encarnação de Rá, também teve seu centro em Heliópolis, onde existia um cemitério oficial para os touros sacrificados.
Segundo uma das versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por Rá, que as chamou à existência pronunciando seus nomes secretos. De acordo com outra das versões, os seres humanos teriam sido criados a partir das lágrimas e do suor de Rá, motivo pelo qual os egípcios se chamavam de "Gado de Rá". No mito da Vaca Celestial se descreve como a humanidade teria tramado contra Rá, e como ele teria enviado seu olho, na forma da deusa Sekhmet, para puni-los, que acabou por se tornar sedenta por sangue, e só foi pacificada com a mistura de cerveja e tinta vermelha.
Tefnut
Tefnut é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. Tefnut simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.
Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro par de divindades da Enneade de Heliópolis.
Shu
Shu é o deus egípcio do ar seco, do estado masculino, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Tefnut geraram Geb e Nut. Shu é o responsável por separar o céu da terra (sendo representado como um homem tendo Geb, a terra, em seus pés, e levantando Nut, o céu, com os braços, numa representação que se assemelha ao Atlas da mitologia grega). É ele também quem traz a vida com a luz do dia. É representado como um homem usando uma grande pluma de avestruz na cabeça. Criou também as estrelas pelas quais os seres humanos podem elevar-se e atingir os céus e as colocou na cidade de Gaaemynu. Ele só se tornou popular a partir do Império Novo.
Geb
Geb é o deus egípcio da terra,
Estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Umidece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade no túmulo.
Suas cores eram o verde (vida) e o preto (lama fértil do Nilo). É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. É o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. É sempre representado com um ganso sobre a cabeça, nas pinturas.
Nut
Nut é uma deusa egípcia. Representava o céu e era significativamente invocada como a mãe dos deuses.
Osiris
Osíris era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egipto, Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egipto, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até à era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.
Marido de Ísis e pai de Hórus , era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local,e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egipto, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egipcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.
Isis
Ísis é uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano, e posteriormente, do mundo. É cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. É a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Hórus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Hórus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osíris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.
Ísis também é conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e é a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na era cristã.
Seth
Set ou Seth também chamado Setesh, Sutekh, Setekh, ou Suty é o deus egípcio da violência e da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, da escuridão, das tempestades, dos animais e serpentes. Set era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Set era marido e irmão da deusa Néftis. É descrito que Set teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer.
O deus Seth fazia de tudo para conseguir o controle dos deuses e ficar no lugar de seu irmão Osíris. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apófis (o próprio Caos) no barco solar, e nesse sentido Set era originalmente visto como um deus bom.
O nome Néftis significa senhora da casa, entendida no sentido físico, como a casa para onde o Sol retorna no fim do seu curso, ou seja, os céus noturnos.1
É muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis: ambas são chamadas de Deusa Mãe e deusa dos céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar, com os chifres do sol na cabeça, ambas são as que distribuem vida plena e felicidade.
Existe mesmo confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.
As lendas sobre os adultérios entre os deuses, posivelmante, são oriundas do fato de que, em localidades diferentes, os principais deuses tinham companheiros diferentes, assim, a deusa mais importante de uma determinada tribo era denominada esposa do deus, sendo as demais relegadas à posição de concubinas.
Néftis, porém, nunca teve a mesma fama ruim do seu marido Set, o deus da morte: junta de Ísis, ela lamentou o assassinato de Osíris, e ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado favorável. Ela preside aos momentos finais da vida, mas para levar o falecido à vitória.
Néftis também é uma deusa da natureza: se Nu é a deusa do céu, então Ísis e Néftis são as suas duas extremidades, o leste e o oeste, ou o norte e o sul.
Hórus
Na mitologia egípcia, Hórus é o deus dos céus[carece de fontes], muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.[carece de fontes] Hórus era filho de Osíris1 .
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito[carece de fontes].
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas.[carece de fontes] Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Rá O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Hórus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder chamado de Wedjat, que além de proporcionar poder afastava o mau-olhado, pois segundo os egípcios os olhos eram os espelhos da alma.
Hator
Hator,é uma deusa da religião do Egito Antigo que personifica os princípios do amor, beleza, música, maternidade e alegria. É uma das divindades mais importantes e populares do Egito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela população comum, em cujas sepulturas é descrita como a "Senhora do Ocidente", que recebe os mortos na próxima vida. Entre suas outras funções está a de deusa da música, dança, terras estrangeiras e fertilidade, responsável por auxiliar as mulheres durante o parto, bem como o de padroeira dos mineiros.
O culto a Hator antecede o período histórico e as raízes da veneração à deusa são, portanto, difíceis de serem apontadas, embora ele possa ter se desenvolvido a partir dos cultos pré-dinásticos à fertilidade e à natureza em geral representados em vacas.5 Hator costuma ser representada como uma vaca divina, com chifres sobre sua cabeça, entre os quais está um disco solar com um uraeus. Duas penas idênticas também costumam ser representadas em seus retratos posteriores, bem como um colar menat.5 Hator pode ser a deusa-vaca que foi representada desde tempos arcaicos na Paleta de Narmer e sobre uma urna de pedra que data da Primeira Dinastia, o que sugere seu papel como deusa celestial e uma possível relação com Hórus que, como deus-sol, faria a sua "morada" nela.
Os antigos egípcios viam a realidade como consistindo de camadas múltiplas, nas quais as divindades se misturavam por diversos motivos, mantendo atributos e mitos divergentes, mas que no entanto não eram vistos como contraditórios, e sim complementares. Numa relação complicada, Hator é por vezes mãe, filha e esposa de Rá e, assim como Ísis, por vezes é descrita como mãe de Hórus e associada a Bast.
O culto a Osíris prometia vida eterna a todos aqueles que fossem julgados moralmente merecedores. Originalmente os mortos, tanto homens quanto mulheres, tornavam-se Osíris após o julgamento, porém, no início do período romano as mulheres mortas passaram a ser identificadas com Hator e os mortos do sexo masculino com Osíris.
Os gregos antigos identificavam Hator com a deusa Afrodite e os romanos com Vênus.
Thoth
Thoth, deus da sabedoria, um deus cordato sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses. É uma divindade lunar (o deus da Lua) que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos. Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada). Também era representado por um babuíno. A importância desta divindade era notória, até porque o ciclo lunar era determinante em vários aspectos da atividade civil e religiosa da sociedade egípcia.
Maat
Na religião egípcia, Maat é a deusa da verdade, da justiça, da retidão e da ordem1 . É a deusa responsável pela manutenção da ordem cósmica e social, filha (ou mãe) de Rá e esposa de Toth (alguns escritores defendem que o deus-lua Toth era o irmão de Maat). Ela é representada como uma jovem mulher ostentando uma pluma de avestruz na cabeça, a qual era pesada contra o coração (alma) do morto no julgamento de Osíris.
Anúbis
Anúbis ou Anupo foi como ficou conhecido pelos gregos o antigo deus dos mortos e moribundos ,guiava e conduzia a alma dos mortos no submundo , Anubis era sempre representado com cabeça de chacal, mas outras fontes afirmam que o animal em questao é o Cachorro ou coiote,entretanto egiptologos mais conservadores afirmam que nao há como saber com certeza, era sempre associado com a mumificação e a vida após a morte na mitologia egípcia,também associado como protetor das pirâmides. Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu (também grafado Anup, Anpu e Ienpw). A menção mais antiga a Anúbis está nos Textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro do Faraó. Na época, Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém durante o Império Médio,Osíris. , passou a ter a funçao de deus primordial dos mortos, enquanto que Anubis tinha funçoes menores como por exemplo o preparo do corpo e embalsamento dos mortos.
Assume nomes ligados ao seu papel fúnebre, como Aquele que está sobre a sua montanha, que ressalta sua importância como protetor dos mortos e de suas tumbas, e o título Aquele que está no local do embalsamamento, associando-o com o processo de mumificação. Como muitas divindades egípcias, Anúbis assumiu diversos papéis em vários contextos, e nenhuma procissão pública no Egito era realizada sem uma representação de Anúbis marchando em seu início.
A esposa de Anúbis é a deusa Anput, seu aspecto feminino, e a sua filha é a deusa Kebechet.
Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto o coração dele era pesado numa balança e a Pena da Verdade (que pertencia à consorte de Anúbis, Maat, a deusa da verdade). Caso o coração fosse mais pesado que a pena o defunto era comido por Ammit (um demônio/demónio cujo corpo era composto por partes híbridas de leão, hipopótamo e crocodilo), mas caso fosse mais leve a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso ou a alma voltaria ao corpo. Anúbis era quem guiava a alma dos mortos.
Anuket
Anukel era uma deusa egípcia inicialmente uma divindade ligada à água, tendo se tornado mais tarde uma deusa associada à sexualidade. O seu nome significa "abraçar".
O seu culto estava centrada na região da primeira catarata do Nilo, mas especificamente na ilha de Sehel. Em Elefantina era agrupada com Khnum(considerado como o seu marido) e com Satis. A deusa adquiriu grande popularidade em períodos durantes os quais o Egipto dominava regiões situadas para além da primeira catarata.
Era representada como uma mulher que tinha sobre a cabeça um toucado formado por plumas ou vegetais. Em alguns casos surge como uma gazela, animal sagrado associado à deusa.
Os gregos associaram-na à sua deusa Héstia.
Bastet
Na mitologia egípcia, Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Ártemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com vinho, pela semelhança com sangue, para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.
O seu centro de culto estava na cidade de Bubástis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.
Sokar
Sokar, Seker ou Sokaris era um deus funerário da mitologia egípcia. O seu nome significa "o que está encerrado".
Era representado como um falcão ou como um homem mumificado com cabeça de falcão com uma coroa atef (coroa branca do Alto Egipto com duas plumas).
Era o deus de Sakara, a necrópole da cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egipto teve. Já era adorado nesta região na época pré-dinástica, acreditando-se que nestes tempos teria associações com a fertilidade.
Desde a V dinastia (Império Antigo) foi identificado com Ptah, deus principal de Mênfis, dando origem a uma fusão das duas divindades conhecida como Ptah-Sokar.
Foi também associado a Osíris; os Textos das Pirâmides mostram que Sokar era visto como uma forma de Osíris após este ter sido assassinado pelo seu irmão Set.
Na Época Baixa um deus sincrético, que era a fusão dos três deuses, Ptah-Sokar-Osíris, foi bastante popular. Esta sincrética apareceu contudo na época do Império Médio, como revelam várias estelas em Abidos.
Sokar era também visto como o patrono dos artesãos, talvez por influência da sua identificação com Ptah. Acreditava-se que o deus fazia os ossos do soberano, bem como os perfumes utilizados nas cerimónias dedicadas aos deuses.
Guardava a porta do mundo subterrâneo e habitava numa caverna chamada Imhet, alimentando-se do coração dos defuntos. O deus era o grande responsável pela transformação destes.
Na cidade de Mênfis ocorria todos os anos um grande festival dedicado ao deus que tinha lugar no dia 26 de Khoiak (mês egípcio que corresponde a Outubro/Novembro). O deus era transportado na sua barca sagrada, cujo nome era henu, aos ombros de dezasseis sacerdotes. Esta barca tinha uma forma peculiar, com uma proa na qual se encontrava representada a cabeça de um antílope ou de um boi, e onde também figuravam o peixe-inet e aves; na popa existiam dois ou três pequenos remos.
Na cidade de Tebas acontecia também uma grande celebração, como atestam os relevos do templo de Ramsés III no complexo funerário de Medinet Habu, que se julga ter rivalizado com o grande festival local de Opet.
O deus tinha uma versão feminina, Sokaret, que tinha as mesmas funções funerárias. Poderia também ter como consorte a deusa Sekhemet.
Sekhemet
Na mitologia egípcia Sekhmet,1 Sachmet, Sakhet, Sekmet ou Sakhmet ("a poderosa") é a deusa da vingança e das doenças para os egípcios antigos. O centro de seu culto era na cidade de Mênfis e pode estar relacionada á Deusa nórdica Syn guardadora dos portões dimensionais.
Muitas vezes é confundida com Bastet, embora tenha outra conotação neste caso.
Sua imagem é uma mulher coberta por um véu e cabeça de leão ou para contemporâneos uma linda mulher com uma máscara-elmo em cores preto e o vermelho vivo. Muito temida no Antigo Egito, sendo ela o símbolo da punição (reajuste) de Rá.
Rá, o Deus-Sol enviou Sekhmet (um possível aspecto predatório de Hathor) para destruir os humanos que conspiravam contra ele contudo ela absorta em furor de justiça foi levada fluentemente a punir a outros humanos que maculavam ao planeta e assim encontrando mais e mais humanos com corrupções se envolveu ferozmente até que Rá (o Cristo-sol em uma linguagem sincrética) utilizou-se de uma estratégia para lhe amansar, pois que Rá é o espírito da redenção e também aquele que enxerga a possibilidade de condicionamento trabalhando para tal pelo que o sol é redentor já Sekmet é aquela que ama aplicar a justiça de um ângulo que favorece ao que mantém o bom caráter, em suma Sekmet e Rá estará dentro do ser humano durante a sua vida uma vez que são as consciências macrocósmicas que estão presentes dentro do microcosmo humano pois que ambos Rá e Sekmeth se complementam.
Por enquanto é só galera, ainda terá a segunda parte sobre os Deuses egípcios e também sobre os altares, ritos e tudo mais, vamos lá galera aprender, conhecimento nunca é demais. Namastê.